Rico que se acha
superior ao pobre é tão repugnante quanto o pobre que se acha mais digno que o
rico pelo simples fato de ser pobre. O que define a categoria do indivíduo não
é sua conta bancária, mas sim seu caráter. Qualquer discurso diferente desse é
conversa manjada para conseguir votos e colocar uma classe contra a outra a fim
de aumentar a força de determinados grupos políticos sobre as grandes massas.
Quanto mais as classes brigam entre si, sejam brigas entre pobres e ricos,
homens e mulheres, héteros e gays, teístas e ateístas, negros e brancos, mais
fraca se torna a população diante de um sistema comandado por meia dúzia de
caciques obcecados pelo poder. Um povo dividido é um povo fraco. “O povo unido
jamais será vencido”. Mas quem é o povo? O rico, o pobre, o gay, o negro, o
branco, o ateu, o crente ou qualquer brasileiro filiado ou não aos partidos
políticos. Todos são igualmente povo e não deve haver grupo privilegiado. E
quem não é o povo? Quem está no poder. Esses, na realidade, são os empregados
do povo. O papel deles é o de servir a população e não o de serem servidos.
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