Alisson
Belini foi aprovado em medicina em 6 particulares e 3 públicas.
Pai diz que garoto sempre foi inteligente e se destacava na escola.
Pai diz que garoto sempre foi inteligente e se destacava na escola.
Foram sete aprovações em vestibulares de medicina
em pouco mais de três meses. A cada lista divulgada, um grito de alívio e de
alegria. Conquistas que para Alisson Belini, de Iporã,
no noroeste do Paraná,
de 18 anos, são resultados surpreendentes e reflexos de um ano puxado, dedicado
apenas para os estudos. “É uma sensação maravilhosa passar em tantas
universidades. Quando vi o meu nome nas listas da UEM [Universidade Estadual de
Maringá] e da UFPR [Universidade
Federal do Paraná] não acreditei. Demorou um bom tempo para cair a ficha”, diz
o estudante.
Além da aprovação na UEM e na UFPR, Alisson ainda
tem como opções as faculdades Pequeno Príncipe, Evangélica, Universidade
Positivo, em Curitiba,
a Faculdade Assis Gurgacz (FAG), em Cascavel, e a Universidade Estadual do
Oeste do Paraná (Unioeste). Em todas essas instituições de ensino, a
concorrência para o curso de medicina era superior a 30 candidatos por vaga. O
estudante ainda espera o resultado de outras duas universidades federais.
Não tem segredo. A aprovação no vestibular só vem
com muito estudo"
Alisson Belini
Um garoto diferenciado e que desde pequeno era
destaque na escola, tanto pelas notas altas quanto pelo perfil extrovertido,
disposto a ajudar os colegas. O pai de Alisson, Nelson Belini, não esconde a
felicidade de ver o filho conquistando desafios que pareciam impossíveis, quase
inimagináveis.
"Nós já sabíamos do potencial dele. Desde pequeno sempre foi muito inteligente, ficava entre os melhores da escola e não era um cara de deixar as coisas acontecerem. O Alisson corre atrás dos objetivos que ele quer conquistar”, conta o pai orgulhoso.
Filho de funcionários públicos municipais, Alisson
concluiu o ensino fundamental em uma escola pública de Iporã e o ensino médio
em um colégio particular de Umuarama.
Como os pais não tinham dinheiro para pagar as mensalidades, o calouro de
medicina participou de um processo seletivo em que a escola deu cinco bolsas de
estudos para os melhores colocados.
“Nunca pensei em desistir da bolsa, mesmo o colégio
sendo em outra cidade. Nos dois primeiros anos, eu pegava um ônibus às 5h da
manhã e voltava para casa perto das 14h. No terceiro ano me mudei para Umuarama
e decidi que era hora de me dedicar ao vestibular”, lembra.
Planejamento de estudos
Mesmo com aulas de manhã e tarde, a aprovação não veio em 2013. Assim que terminou o período de férias, Alisson já estava com um plano de estudos montado. Detalhou erros e matérias com mais dificuldade e ainda determinou quantas horas teria que disponibilizar somente para os estudos.
"Não tem segredo. A aprovação no vestibular só vem com muito estudo"
“Eu ia para a aula de manhã, almoçava e participava de aulas específicas no cursinho à tarde. Fazia um intervalo e a noite estudava até as 23h”, detalha o estudante. “Foi uma rotina exaustiva. Deixei de fazer muita coisa, inclusive ir para a casa dos meus pais aos fins de semana. No entanto, sabia que tinha que estudar muito para conquistar uma vaga. Com isso na cabeça não tive tempo para desanimar”, acrescenta.
Mesmo com aulas de manhã e tarde, a aprovação não veio em 2013. Assim que terminou o período de férias, Alisson já estava com um plano de estudos montado. Detalhou erros e matérias com mais dificuldade e ainda determinou quantas horas teria que disponibilizar somente para os estudos.
"Não tem segredo. A aprovação no vestibular só vem com muito estudo"
“Eu ia para a aula de manhã, almoçava e participava de aulas específicas no cursinho à tarde. Fazia um intervalo e a noite estudava até as 23h”, detalha o estudante. “Foi uma rotina exaustiva. Deixei de fazer muita coisa, inclusive ir para a casa dos meus pais aos fins de semana. No entanto, sabia que tinha que estudar muito para conquistar uma vaga. Com isso na cabeça não tive tempo para desanimar”, acrescenta.
Depois de
tanta dedicação, o garoto é firme ao afirmar que a aprovação só vem quando se
tem foco e objetivos. “A pessoa que quer passar precisa prestar atenção na
aula, absorver o máximo do conhecimento que o professor passou e nunca se
apegar a teorias. Teoria às vezes atrapalha. O mais importante em provas de
vestibulares são os exercícios, então quanto mais exercício fizer por dia, mais
vai entender a matéria. Não tem segredo. A aprovação só vem com muito estudo”,
argumenta Alisson Belini.
Diante de
tantas possibilidades, Alisson vai fazer a matrícula na Universidade Estadual de Maringá(UEM), onde
ficou em 13° lugar. “Maringá fica mais perto de Iporã. Eu posso morar com a minha
avó e ainda fico perto da namorada que faz engenharia química na UEM”, diz o
estudante. “Claro que também pesquisei sobre os conceitos dos cursos, e a UEM é
a melhor conceituada”, brinca Belini.
Luciane CordeiroDo G1 PR